sexta-feira, 29 de abril de 2011


'Thor' chega aos cinemas de olho em reunião de super-heróis de 2012

Estreia do deus do trovão das HQs tem Natalie Portman e Anthony Hopkins. Dirigido por Kenneth Branagh, longa é aperitivo do aguardado 'Os Vingadores'

Pedro Caiado Especial para o G1, em Londres 

 Quando é expulso para a Terra, Thor perde os
poderes e não consegue mais levantar o martelo
(Foto: Divulgação)


Assim como o filho de Odin, que nasceu predestinado a assumir o trono do Reino de Asgard, "Thor", o filme, estreia no Brasil nesta sexta (29) já de olho no futuro. O desempenho da nova superprodução nas bilheterias é fundamental para garantir o sucesso de um dos mais ambiciosos projetos da Marvel Comics no cinema desde o lançamento de "X-Men", em 2000, quando se inaugurou a atual onda de adatapções de HQs para a tela grande.

Ao lado do Capitão América - outro que debuta nos cinemas ainda neste ano -, Thor é a peça que faltava para completar o grupo de super-heróis Os Vingadores, que inclui ainda os já "adaptados" Hulk e Homem de Ferro. Juntos, eles voltarão com força às salas de projeção em 2012, no longa "Os Vingadores", sob a batuta do ídolo nerd Joss Whedon, autor da série de TV "Buffy" e do roteiro de diversas histórias em quadrinhos dos X-Men.

"Thor", no entanto, tem também seu supertime para ajudar a conquistar a simpatia dos fãs. Além do rostinho de Natalie Portman, na pele do par romântico do herói, e de Sir Anthony Hopkins, como o deus nórdico Odin, o filme contou com a supervisão de um dos mais respeitados roteiristas da Marvel, J.M. Straczynski, que esteve à frente do título de Thor na editora entre 2007 e 2008 e escreveu algumas das histórias que inspiram livremente o roteiro do longa.

Um viking quebrando tudo

Mas é graças a um ator e diretor irlandês especializado em Shakespeare que "Thor" consegue romper o território dos fãs dos quadrinhos e resultar em um projeto interessante para o público em geral - e para os produtores de Hollywood, claro, que injetaram US$ 150 milhões na brincadeira. Para Kenneth Branagh, a história do pesonagem "bonitão, charmoso e destinado ao trono", mas que "não tem o menor talento para se tornar super-herói", tinha tudo para garantir boas risadas. "A ideia de um viking na Terra, quebrando tudo e entretido com os terráqueos, me parecia engraçada o suficiente para adicionar um elemento de humor a esta historia”, defendeu o cineasta em entrevista realizada no início do mês, em Londres. 

No filme, Thor está prestes a herdar a coroa de Odin e assumir o mítico Reino de Asgard quando, em uma tentativa pouco sensata de demonstração de força, resolve atacar por conta própria os Gigantes de Gelo do planeta rival Jotunheim. Decepcionado e irado, Odin decide punir o filho, removendo seus poderes e enviando-o à Terra para aprender a lição vivendo como uma pessoa comum.

Abrutalhado e inseparável de seu martelo - Mjolnir -, o personagem é vivido pelo ator de 28 anos Chris Hemsworth, um australiano ainda desconhecido do grande público.

Em entrevista em Londres, Hemsworth reconhece que "foi intimidador" interpretar um super-herói tão querido e conhecido pelos fãs - sua primeira aparição foi em 1962, na edição nº 83 da revista "Journey into mistery". Mas, se nas HQs Thor é o "deus do trovão", para o ator australiano o segredo foi fincar os pés do personagem de volta ao chão. “Eu apostei em simplificar e procurei não pensar que interpretaria um Deus, mas, sim, um irmão em meio a uma família”, explicou o novo candidato a galã, que mede 1,91 m de altura e passou por preparação física intensa de quatro meses para viver o herói - ele já disse que chegou a ganhar 10 kg.


Entre irmãos

O "irmão" de Thor a quem Hemsworth se refere é Loki, vivido por Tom Hiddleston. O ator britânico rouba a cena como o invejoso irmão que assume o trono de Asgard, depois que Odin adoece e destitui Thor de seus poderes. “Você percebe que Loki é psicologicamente frágil. Ele tem um sentimento de que não pertence àquele lugar e sabe que nunca vai ter seu lugar ao sol. Eu acho que o ímpeto de sua busca por autoestima vem desse sentimento de ser pouco valorizado e pouco amado”, comentou o ator sobre seu personagem tipicamente shakesperiano.
Enquanto, na ficção, a disputa fratricida se dá entre Loki e Thor, na vida real, Hemsworth também teve de enfrentar alguém da própria família para ficar com o papel de protragonista. “Nos testes finais de elenco eu competi com meu próprio irmão mais novo [Liam Hemsworth]. Ele estava entre os quatro últimos da lista, mas acabou não sendo chamado e eu ganhei o papel”, explicou o ator, esclarecendo que nenhuma gota de sangue foi derramada no processo.
  
Tom Hiddleton rouba
a cena como Loki, o irmão
invejoso de Thor 
(Foto: Divulgação)


terça-feira, 12 de abril de 2011


Grande Prêmio do Cinema Brasileiro anuncia lista de indicados

Cerimônia de entrega vai acontecer dia 31 de maio, no Rio. 'Tropa de elite 2' e 'Chico Xavier' estão entre os finalistas.

Do G1 RJ 

 Cena de 'Tropa de elite 2' está entre os favoritos
na competição (Foto: Divulgação)


Os organizadores do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro divulgaram nesta segunda-feira (11) a lista dos indicados da 10ª edição do evento. Os ganhadores serão conhecidos na cerimônia de entrega, dia 31 de maio, no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro. 

O destaque ficou por conta de "Tropa de elite 2", que sai como favorito, com indicações na maioria das categorias. Na principal, a de melhor longa-metragem, o filme de José Padilha compete com "Chico Xavier", "As melhores coisas do mundo", "Olhos azuis", "5x favela - Agora por nós mesmos" e "Viajo porque preciso, volto porque te amo".

Na disputa de atores, concorrem Wagner Moura, protagonista de "Tropa 2", Paulo José, por "Quincas Berro D'Água", Marco Nanini, por "O bem amado", Chico Diaz, por "O sol do meio-dia", Ângelo Antonio e Nelson Xavier, ambos por "Chico Xavier".

Já entre as atrizes indicadas estão Alice Braga, por "Cabeça a prêmio", Christiane Torloni, por "Chico Xavier", Ingrid Guimarães, por "De pernas pro ar", Glória Pires, por "Lula, o filho do Brasil", e Marieta Severo, por "Quincas Berro d'Água".

Os candidatos receberão votos de integrantes da Academia Brasileira de Cinema, que reúne atores, atrizes, produtores, diretores e técnicos, presidida pelo cineasta Roberto Farias. O público também pode participar da votação por meio do site da academia.

A 10ª edição da premiação ainda vai homenagear o casal de produtores Luiz Carlos Barreto e Lucy Barreto.

Confira abaixo a lista dos indicados ao Grande Prêmio do Cinema Brasileiro.

Melhor longa-metragem:
- "5x Favela - Agora por nós mesmos"
- "Chico Xavier"
- "As melhores coisas do mundo"
- "Olhos azuis"
- "Tropa de elite 2"
- "Viajo porque preciso, volto porque te amo"

Melhor documentário:
- "Dzi Croquettes"
- "O homem que engarrafava nuvens"
- "José e Pilar"
- "Noite em 67"
- "Rita Cadillac - A lady do povo"

Melhor direção:
- Daniel Filho - "Chico Xavier"
- José Joffily - "Olhos azuis"
- José Padilha - "Tropa de elite 2"
- Karin Ainouz e Marcelo Gomes - "Viajo porque preciso, volto porque te amo"
- Laís Bodanzky - "As melhores coisas do mundo"

Melhor atriz:
- Alice Braga - "Cabeça a prêmio"
- Christiane Torloni - "Chico Xavier"
- Ingrid Guimarães - "De pernas pro ar"
- Glória Pires - "Lula, o filho do Brasil"
- Marieta Severo - "Quincas Berro d'Água"

Melhor ator:
- Ângelo Antonio - "Chico Xavier"
- Chico Diaz - "O sol do meio-dia"
- Marco Nanini - "O bem amado"
-  Nelson Xavier - "Chico Xavier"
- Paulo José - "Quincas Berro D'Água"
- Wagner Moura - "Tropa de elite 2"

Melhor atriz coadjuvante:
- Cássia Kiss - "Chico Xavier"
- Denise Fraga - "As melhores coisas do mundo"
- Elke Maravilha - "A suprema felicidade"
- Leandra Leal - "Insolação"
- Roberta Rodrigues - "5x favela - Agora por nós mesmos"
- Tainá Muller - "Tropa de elite 2"

Melhor ator coadjuvante:
- André Mattos - "Tropa de elite 2"
- André Ramiro - "Tropa de elite 2"
- Caio Blat - "As melhores coisas do mundo"
- Cassio Gabus Mendes - "Chico Xavier"
- Hugo Carvana - "5x favela - Agora por nós mesmos"
- Irandhir Santos - "Tropa de elite 2"

Melhor roteiro original:
- Braulio Mantovani e José Padilha - "Tropa de elite 2"
- Bruno Mazzeo, João Avelino e Rosana Ferrão - "Muita calma nessa hora"
- José Antonio da Silva e outros - "5x favela - Agora por nós mesmos"
- Karim Ainouz e Marcelo Gomes - "Viajo porque preciso, volto porque te amo"
- Luiz Bolognesi - "As melhores coisas do mundo"
- Marcelo Saback e Paulo Cursino - "De pernas pro ar"
- Melanie Dimantas e Paulo Halm - "Olhos azuis"
 
Melhor roteiro adaptado:
- Adriana Falcão, Bernardo Guilherme e outros - "Eu e meu guarda-chuva"
- Claudio Paiva e Guel Arraes - "O bem amado"
- Esmir Filho e Ismael Caneppelle - "Os famosos e os duendes da morte"
- Marcos Bernstein - "Chico Xavier"
- Sérgio Machado - "Quincas Berro D'água"
 
Melhor curta-metragem de ficção:
- "Alguém tem que honrar esta derrota"
- "Avós"
- "Eu não quero voltar sozinho"
- "Ensaio de cinema"
- "Recife frio"

Melhor curta-metragem documentário:
- "Ave Maria ou mãe dos sertanejos"
- "Dois mundos"
- "Faço de mim o que quero"
- "Geral"
- "Urbe"

Melhor curta-metragem de animação:
- "Anjos do meio da praça"
- "Bonequinha do papai"
- "Eu queria ser um monstro"
- Menina da chuva"
- "Tempestade"

Melhor longa-metragem estrangeiro:
- "A fita branca" (Alemanha), de Michael Haneke
- "A origem" (EUA), de Christopher Nolan
- "O pequeno Nicolau" (França), de Laurent Tirard
- "A rede social" (EUA), de David Fincher
- "O segredo dos teus olhos" (Argentina / Espanha), de Juan José Campanella.