sexta-feira, 3 de junho de 2011


Com FHC, 'Quebrando o tabu' discute questão das drogas

Filme do diretor Fernando Grostein Andrade inicia diálogo sobre as drogas. Ex-presidente Fernando Henrique Cardoso é o âncora do documentário

Da Reuters 

O mundo perdeu a guerra contra as drogas e as experiências de tolerância zero adotadas, em especial pelos Estados Unidos, se mostram ineficientes. Pior: a repressão aos usuários - vistos como bandidos, não como doentes - não apenas reforça os equívocos dos métodos utilizados, como ampliam a crise social provocada pela dependência química.

Em linhas gerais, essas são as questões que o diretor Fernando Grostein Andrade traz para o debate com o documentário "Quebrando o tabu". Conhecido por "Coração vagabundo", no qual segue uma turnê de Caetano Veloso pelo mundo, o jovem cineasta quer agora iniciar um diálogo social sobre as drogas, principalmente no que tange à descriminalização do usuário da maconha.

  Fernando Henrique Cardoso e o médico Drauzio Varella em 
cena de 'Quebrando o tabu' (Foto: Divulgação/Spray Filmes)
 
Para isso, chamou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para ser âncora de seu filme. Ele estabelece uma linha de credibilidade ao que é apresentado na tela, juntamente com depoimentos dos ex-presidentes dos EUA Bill Clinton e Jimmy Carter, além de famosos como o escritor Paulo Coelho, o ator mexicano Gael Garcia Bernal e o oncologista Drauzio Varella, entre outros.

O diretor acerta em não fazer um filme panfletário, nem de apologia ao consumo de maconha, disfarçado de direito à liberdade individual. Além de apresentar os fatos como são, por meio de um cioso trabalho de pesquisa, joga luz em experiências que deram certo e errado no mundo na questão do tratamento dedicado aos dependentes.

Um exemplo são os cafés holandeses, que vendem maconha legalmente para o consumo de seus clientes, mas, paradoxalmente, precisam comprar ilegalmente o entorpecente de traficantes. Outro é o projeto português de despenalização do consumo de drogas. Quem é flagrado portando alguma substância é levado a um comitê, que analisa o caso e prescreve um melhor tratamento de desintoxicação, pago pelo governo.

O filme, enfim, não é uma tese, cuja conclusão se chega ao final da projeção. Como o próprio autor defende, é o início de uma discussão sobre o tema com dados e indicadores - em que as animações representam uma boa saída. Longe de seu conteúdo social, o documentário se mostra bem produzido, leve (apesar da gravidade do que se apresenta) e conduzido de forma eficaz.

No entanto, o que se percebe também em "Quebrando o tabu" é a falta de um gancho forte, de uma polêmica sincera. De algo que possa retirar os espectadores da catarse provocada pela opinião de que determinados assuntos não têm solução. Nesse sentido, a ambição de promover um debate nacional sobre o tema perde força.

(Por Rodrigo Zavala, do Cineweb)

'Fúria de titãs 2' busca seguir 'Gladiador' e 'O senhor dos anéis'

Sequência estreia em 2012 e tem orçamento de mais de US$ 100 milhões. Diretor do longa diz que busca efeitos especiais da saga de Peter Jackson

Da EFE

O ator Sam Worthington em cena de 'Fúria de titãs'
(Foto: Divulgação)

O diretor da sequência de "Fúria de titãs", o sul-africano Jonathan Liebesman, quer que o novo filme tenha "o rigor histórico de 'Gladiador' e os efeitos especiais de 'O senhor dos anéis'", algo que busca com uma equipe de 500 pessoas e orçamento de mais de US$ 100 milhões.

Dentre os profissionais envolvidos estão, por exemplo, os especialistas responsáveis pelas sagas de Batman e Harry Potter, incluindo a figurinista, Jany Temime, e o diretor de efeitos especiais de "Batman - O cavaleiro das trevas" e "A fantástica fábrica de chocolate", Nick Davis. A Agência Efe, junto a um pequeno grupo de jornalistas, acompanhou um dia de filmagem da superprodução em 3D, que percorreu durante cinco semanas várias localizações da ilha espanhola de Tenerife.

Sam Worthington ("Avatar") volta ao elenco no papel de Perseu, ao lado de Ralph Fiennes ("Harry Potter"), como Hades; Liam Neeson ("A lista de Schindler"), como Zeus, e Rosamund Pike ("Orgulho e preconceito"), no papel de Andrômeda, e Toby Kebbell ("Rock'n'rolla - Grande roubada") como o filho de Poseidon, Argenor.

As equipes internacionais montaram dois sets de filmagem, o primeiro deles na costa do Arico, onde se recriou o povoado onde se recupera a história de Perseu, um semideus, filho da humana Dânae e de Zeus, que leva uma vida tranquila de pescador junto a seu filho, que já tem 10 anos. Cerca de 150 figurantes da ilha interpretam os habitantes deste povoado, que acaba sendo brutalmente atacado, enquanto a uns quilômetros, no segundo set levantado dentro de uma cratera vulcânica, se recria "o labirinto" onde os deuses furiosos tentam submeter os titãs.

Segundo o diretor do filme - autor, entre outras produções, de "O massacre da serra elétrica: O início" e "Invasão do mundo: batalha de Los Angeles"-, o suspense é muito importante nos seus projetos, "e estará presente neste filme", assegura. "Meu propósito é apresentar uma visão realista a um mundo fantástico, dar o realismo histórico de 'Gladiador' com os efeitos especiais de 'O senhor dos anéis'", concluiu.

O roteiro foi escrito por Dan Mazeau e David Leslie Johnson a partir de um relato deste último e de Greg Berlanti e está sendo produzido por Basil Iwanyk e Polly Cohen, que declarou que o segundo filme será "muito melhor" que o primeiro, entre outras coisas, porque será rodado diretamente em formato 3D. "O dinheiro para fazer um filme é importante, sem dúvida - assegura a produtora - mas nossa obrigação é fazer sempre o melhor trabalho possível".

A filmagem continuará nos arredores de Londres para terminar em Surrey e Gales do Sul, onde será rodada a batalha final, com estreia prevista para 31 de março de 2012.